sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Filme "O Palhaço"

Buscamos incessantemente algo para ser feliz. Queremos a felicidade!

Achamos que preencheremos nossa lacuna interior com algum bem material, resultado profissional, ou o que quer que seja, e, assim, idealizamos objetivos e vamos em busca deles.

E a cada desilusão/obstáculo que a vida nos prega, olhamos cada vez mais para longe...

É neste sentido que gira a história do palhaço Benjamin (Selton Melo), este que faz alusão à vida de muitas pessoas no cotidiano.

Em suma, ele que teve que passar por varias desilusões e provações; teve que esperar que um bem material o fosse fazer feliz (no caso, um ventilador); teve que ir atrás de um amor inexistente, criado pela própria mente; teve que se sentir incapaz; teve que sentir o gosto de uma derrota....

Para então conseguir, finalmente, se encontrar.

Entender que cada um deve fazer o que sabe fazer, (frase esta dita quatro vezes no filme).

O drama de Selton Melo, o Palhaço, é contado com delicadeza, não há nada mastigado e é um filme para perceptivos, para quem gosta de se encontrar e evoluir através da sétima arte.

É um filme belíssimo, que deve ser visto e revisto.

Como eu acabara de me dar este presente.

quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Seleção de Mano Menezes para os amistosos contra África do Sul e China

Sem titubear, gosto de mais uma convocação feita por Mano Menezes. De um modo geral a acho coerente e com bons princípios na tentativa de fazer a seleção brasileira ter um padrão de jogo (há quanto tempo não vemos isso?).

Há dias, MM disse conhecer o futebol de Ralf mas que sua convocação ficaria para segundo plano pois procura volante que jogue mais com a bola. Fala bem e cumpre.
Os volantes chamados são: Ramires, Paulinho, Arouca (pela primeira vez), Romulo e Sandro, este é o único com funções claras de primeiro volante e como já vinha sendo chamado deixamos de lado pela coerência.

Um meio campo, de repente, formado por três volantes que saibam jogar muito bem sem a bola no pé e, com a bola, avançam em linha. Nada mal, certo?!

Neste desenho tático, Oscar faz função de armador, podendo ainda cair pelos lados do campo, como já fez no Inter. E assim o meio campo vai ficando interessante.

Na linha de trás, o técnico busca agora o entrosamento. É quase unânime o miolo de zaga composto por Thiago Silva, David Luiz e com a sombra próxima de Dedé. Nas laterais, Daniel Alves e Marcelo.

No ataque, Neymar vai saindo do seu cantinho - ponto positivo para o técnico da seleção. E Damião vai aproveitando suas chances.

No gol, Mano diz que hoje que não há unanimidade entre os arqueiros. Correto.

Diego Alves, no Valencia, é destaque no futebol espanhol e está à frente tecnicamente dos concorrentes. E embora Cavalieri e Fábio estão em bons momentos em seus clubes, não dá para negar que a visibilidade do Corinthians e a grande Libertadores feita pelo Cássio o fazem merecer uma aposta.

E, é isso! O futebol de resultados clama para tal. E Mano Menezes dá de ombros e não cai nessa ladainha.
Poderia colocar, por exemplo, três zagueiros, dois volantes e apostar em talentos individuais, como o de Neymar.

Mas, não. Busca o caminho mais difícil - procura dar padrão de jogo.

Quanto tempo demorou pra se encaixar as seleções da Espanha e Alemanha?

Mano se "espelha" nas seleções modelos, que hoje infelizmente não é a nossa.

E isso requer tempo, não se adquire padrão da noite para o dia, ao contrário.

A demora que pode ser citada, passa por não encontrar o meio campo. Apostou muito em Ganso, as contusões atrapalharam. Se tentou até Ronaldinho Gaúcho, entre outros meias do futebol secundário...

Mas gosto do desenho que o Mano vai construindo, e esse meio se encaixando o time dará grande passo - para tristeza das conversas de botecos, como as do Romário.