segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Verdadeiro Natal

Vivemos em uma época muito triste, uma época de materialismo onde as pessoas perderam completamente o significado cristão do Natal. Para alguns, o Natal significa apenas uma data para comprar presentes caros, beber e comer muito junto com os amigos e familiares.

Não há nada de errado em comprar presentes e compartilhar de bons momentos com pessoas queridas mas, o espírito de natal vai além disso e parte do princípio fundamental de que devemos seguir o exemplo daquele que comemora seu aniversário nesta data.

Estamos falando de Jesus Cristo que ensinou aos homens, no esplendor de sua infinita sabedoria, a Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si próprio.

Portanto, devemos usar esta data tão especial para refletirmos junto com nossas pessoas queridas sobre a necessidade de sermos, efetivamente, seres humanos melhores, praticando a dádiva sublime do ato de doar sem o
interesse de receber nada como recompensa.

Devemos aproveitar esta data de união e reflexão para reavaliar profundamente nossas vidas, nossos sentimentos, nossos relacionamentos e perguntar para o íntimo de nosso coração quando foi a ultima vez que estendemos o braço para ajudar alguém que realmente precisava de ajuda.

Pensarmos que, talvez, ao invés de gastar fortunas com presentes caros, que poderíamos fazer uma doação para um hospital ou um orfanato onde há pessoas que realmente necessitam de nossa colaboração e caridade.
Com certeza o aniversariante e dono da festa Jesus Cristo, se sentirá feliz, e você receberá um presente que não tem preço:

PAZ DE ESPÍRITO. Essa é a Paz que devemos desejar ao próximo toda vez que dizemos:

FELIZ NATAL !

Fonte: site Rivalcir

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Pitacos sobre a final do Mundial de Clubes: Chelsea e Corinthians

Nada de zebra no Mundial 2012, Corinthians e Chelsea fazem a final do Mundial, no dia 16/12/12.

É a chance de vermos futebol, entre um time sul-americano e um europeu. Já que no ano passado isso simplesmente não aconteceu.

Muitos vão dizer que o ocorrido se deu porque o Barcelona está acima do bem e mal, outros dirão que o Santos respeitou de mais e por aí vai...

Bom, embora nada disso seja mentira, a verdade é que o futebol europeu está cada vez mais (e muito mais!) superior ao futebol do continente americano. Além do poder de fogo que os ricos têm de comprar técnica e espetáculo, eles comandam a evolução tática do futebol e sabem disputar uma partida em sua excelência. Coisa que aqui, no futebol brasileiro não se é possível por causa da arbitragem que não deixa o jogo correr, por exemplo.

A diferença que citei acima entre as escolas de futebol é muito grande. Chega a assustar, ver tantos comentaristas, principalmente na TV aberta, não enxergarem isso. Os últimos campeões deixam isso claro. Inter, em 2006, foi o ultimo sul-americano a triunfar. Se levarmos a conversa para seleções, temos o Brasil como ultimo campeão, em 2002. O futebol sulamericano parou no tempo e infelizmente a tendência é que essa diferença entre as escolas de futebol aumente cada vez mais. Eu gosto por exemplo da conversa de que Neymar precisa ir à Europa para evoluir como profissional. É a mais pura verdade. Antes, Pelé tinha condições de jogar no Brasil e enfrentar de igual para igual os grandes zagueiros. Hoje, não!

Enfim... Digo que no domingo poderemos ver jogo partindo do principio de que o Chelsea não está entre os melhores clubes europeu. Em organização (desorganização) parece um time brasileiro, tem acostumado a demitir técnicos próximo a decisões e mudado de elenco a cada semestre. Venceu a champions por que reconheceu sua inferioridade técnica em relação aos demais e jogou muito taticamente, com duas linhas de quatro e no contra-ataque. Segurou assim ninguém menos do que o Barcelona, de Messi.

O Corinthians, por sua vez, é o clube brasileiro que mais se aproxima do futebol europeu. Taticamente se espelha no futebol padrão. Aliás, Tite faz, neste ano, trabalho no nível dos grandes técnicos mundial. A diretoria além de segurar o técnico, também vem mantendo elenco e fazendo marketing, como os grandes europeus.

Outra diferença é o momento, Chelsea vê, na Premier League, os clubes da cidade de Manchester arrancarem para o titulo e na Champions conseguiu a façanha de ser eliminado na primeira fase, enquanto o Corinthians segurou e contratou jogadores olhando pra o mundial, além de ter se preparado muito, fisicamente, taticamente e em logística, para ir ao Japão.

Mas, engana-se quem aponta o Corinthians como favorito ao titulo! Após conquistar o inédito titulo continental, os Blues gastaram e muito para soltar o time. Tem hoje três meias incríveis (Hazard, Mata e Oscar) que jogariam em quaisquer clubes do mundo. E não é só. É um time forte na defesa, com excelente goleiro. Ramires compõe o meio e se dá ao luxo de por exemplo ter Lampard no banco. Tecnicamente é muito superior ao Corinthians!

Cabe ao Corinthians buscar se igualar através da tática e aproveitar os espaços, que o Chelsea deixa, para jogar. Tem poder de fogo decisivo com Emerson, Paulinho e de repente com Guerrero e Danilo. A defesa, destaque na Libertadores, é arma para conter o ímpeto inglês, mas correrá grandes riscos se tentar marcar à frente, como está acostumado. A defesa vai subir e dará assim de bandeja espaço para os meias ingleses avançarem.
O duelo mais interessante será entre Paulinho e Ramirez, atualmente os volantes mais interessante do futebol brasileiro, ambos tem facilidade de, em transição rápida, largar a posição de volante e virar meia. Quem for mais eficiente, carrega o time. Chega a ser um tanto quanto óbvio, que será um jogo de meio-campo.

Tite, após saber que Chelsea seria o adversário, falou em dar velocidade ao time. Fala bem e se alterar o time vai acertar. No semestre, o Shakhtar, do ex corinthiano William, foi quem mais fez os ingleses sofrerem, e ocorreu isso justamente por causa da velocidade que os ucranianos impulseram. Aposto que Tite vá tirar o meia Douglas para entrada do Edenilson, para marcar a saída dos ingleses, que na maioria das vezes é feita pela esquerda com Cole. Pode ainda pensar em velocidade com Jorge Henrique, Martinez ou Romarinho, mas a estatura os desfavorecem. Tite leva em consideração a alta estatura do time inglês.

O padrão tático é o mesmo, 4-2-3-1, e o jogo tem tudo para ser equilibrado. Mas qualquer analise errada, dentro dos 90 minutos, pode e deve decidir o jogo.

Eu, como corinthiano, ficarei muito feliz se o time vencer. Mas a vitória sobre a escola européia será um fato de relevância maior ainda. De repente, a ser exaltado e para servir como exemplo para o futebol brasileiro em especial. Em caso de derrota, vou continuar lamentado o nosso futebol ultrapassado.

Mas independente da vitoria ou derrota, que seja um grande jogo. Jogado com excelência. Como acontecem com freqüência na Premier League.

domingo, 2 de dezembro de 2012

Brasil: o país do futebol... de resultados

Nasci em 82 e lamento não ter visto, ao vivo, a encantadora seleção brasileira daquele ano jogar. Time que além de técnica apuradíssima jogava o futebol por excelência e com padrão de jogo ofensivo. Jogou bonito, mas perdeu.
Nasci no ano em que o Brasil perdeu a Copa -- e mais do que isso -- tenho a impressão de de ter nascido no ano em que a seleção perdeu o moral... Ouço até hoje de pobre pessoas (no perdão da palavra) indagações do tipo "de que adiantou aquela seleção jogar bonito e não ganhar".

Daí em diante começou-se uma obsessão por resultados. Invertendo assim a ordem.
Segundo dicionário, a palavra resultado significa "Ato ou efeito de resultar; consequência, efeito, fim".

Ou seja, o país do futebol passou a olhar para o fim, como se o fim fosse tudo... E, como o fim é tudo, o inicio e meios passou a não ter mais importância. Nada mais ditador do que isso, não?


Voltamos a ganhar a Copa em 94 e repetimos o feito em 02, no intervalo fomos vice. Todos esses times foram montados para que o talento individual decidisse e alcançasse assim o tão esperado resultado. Teve sorte ao contar com ótima safra de jogadores como Romário, Ronaldo e Rivaldo.
Em 2006 e 2010, mesmo com a safra caminhando para o fim, o foco foi o mesmo. Mas, como os talentos já não eram os mesmos e também por que outras seleções foram mais inteligentes, o resultado foi decepcionante.

A verdade é que, nesses últimos anos enquanto o Brasil olhava para os resultados outras seleções foram fazendo contas de adição e multiplicação conscientes de que chegariam a um resultado adiante. Espanha é a recente campeã; Alemanha jogou uma Copa para se preparar para as outras. Este inclusive é um ótimo exemplo para apontar contra o Brasil.

O país, em 2010, sabia que teria uma Copa em casa e em vez de pensar em técnico a longo prazo e jogadores jovens, como poderia ter levado Neymar, Ganso, Pato, Marcelo entre outros, preferiu olhar para o resultado e levou a seleção mais velha da Copa, com jogadores como Julio Baptista, Kleberson, Gilberto e Grafite.
Ah, sim, o que vale é o resultado.


Na tardia preparação para a Copa, em casa, um consenso geral do óbvio, a seleção precisa de renovação.

Mano Menezes assumiu o comando, chamou jogadores jovens e perdeu (é claro!) para todas as seleções formadas. Não se travata de amistosos entre grandes seleções, mas de seleções formadas X em formação.
O técnico não olhou para os resultados e buscou futebol jogado, se espelhou nas grandes seleções do mundo hoje (o Brasil não passa nem perto) e buscou fazer o time jogar com a bola no chão. Sacou o centroavante fixo e privilegiou o time com volantes, zagueiros e laterais com técnica para jogar com a bola no pé... Mas como o time não ganhava dos grandes, o técnico não prestava. Foi demitido.

Felipão assume o time e o discurso é "O Brasil tem obrigação de ganhar a Copa em casa". Fala-se, portanto, em resultado, não em futebol.


Eu, mais do que ver a minha seleção ganhar em casa, quero ver com os próprios olhos e ao vivo uma seleção privilegiando o futebol tal qual a de 82. Se não for a amarelinha que alguma dê o ar da graça.

Numa futura conversa com meus netos, tenho certeza que meus olhos brilharão muito mais se eu contar de uma seleção que vi jogar, ao vivo, e que me encantou a contar que vi a minha ganhando mas jogando feio.

Um parêntese: Essa obsessão por resultados pode ser estendida à CBF; dirigentes de clubes, que vendem seus times à Parmalat e MSI, por troca de vitórias; técnicos brasileiros, que montam times para vencer a qualquer custo; torcedores e comentaristas, que passam a semana inteira discutindo um suposto penalti que poderia alterar o placar, e esquecem assim de falar em futebol. É uma contaminação geral -- que deixa o país do futebol parado no tempo. E como tudo na vida, ao olhar só para o fim, esquece do prazer que os meios pode trazer.