domingo, 23 de setembro de 2012

Filme Os Intocáveis

Os Intocáveis é sucesso de bilheteria. Ainda em cartaz pelo mundo, o filme já ultrapassou a marca de maior filme francês visto fora do país - mais de 23 milhões de pessoas já tiveram o prazer de assisti-lo.

O filme, baseado em fatos reais, gira em torno da relação entre um senhor tetraplégico e seu empregado. O milionário contrata o empregado pobre para ajudá-lo.

Sim, o filme tem tudo para seguir famosos clichês (talvez por isso alcança enorme sucesso de bilheteria, risos), mas não! Inclusive, ele surpreende ao escolher o caminho da comédia.

E é aí que está a grandeza do filme!

Há pessoas ricas e pobres. E todas elas enfrentam obstáculos à sua altura. Mas cabe a cada um escolher entre escrever a vida em tons dramáticos ou alegres como uma comédia. Seguindo o título do filme, cabe a nós entre querer ser tocáveis pela vida ou intocáveis.

E veja como são as coisas, os personagens fogem do convencional ao não deixar que os problemas façam deles pessoas amarguradas, ao contrário, tiram proveito da vida independente do que tem pela frente. Vale a reflexão.

Como vale também, se você não o assistiu, correr pro cinema.

Nota: O filme representará a França no Oscar. Ou seja, o país chega de novo forte à terras americanas.


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Contra o craque, diga não a Felipão!

Mano Menezes faz grande trabalho no comando técnico da seleção brasileira? Não! Mas também não é essa lastima que muitos falam.

Lastima mesmo é a pedida por Felipão. Vai aqui o meu ponto de vista:

Felipão ganhou a Copa de 02 jogando com 3 zagueiros e 2 volantes (sendo que o primeiro era Edmilson, zagueiro de origem). Contou com grandes talentos como o do goleiro Marcos e dos craques Ronaldo e Rivaldo.

Recentemente o técnico gaúcho foi demitido pelo Palmeiras, após tentar montar o mesmo esquema tático, fez até Henrique virar volante - tal qual Edmilson.

Dou toda essa volta pra dizer que o técnico Felipão é um técnico ultrapassado!

Pois, os tempos mudaram e o futebol evoluiu.

Hoje, as seleções de referencia, Espanha e Alemanha, prezam pelo futebol coletivo e ofensivo, enquanto o nosso futebol continua enxergando apenas para os resultados e esperando por lampejos individuais.

Em 94, após 24 anos, reconquistamos o titulo mundial - talento de Romário. Embora, justiça seja feita, àquela seleção tinha um que tático ao valorizar a posse de bola. Em 02, fomos campeões por causa de talentos individuais. Em 98, ficamos na final, talvez, porque nosso tatalento individual da época não tinha condições de jogo. Em 06, eles, Ronaldo e Adriano, já estavam a caminho da obesidade. Em 10, Dunga trocou o talento individual por umonte de volantes - me recuso a comentar...

Finalmente, cheguemos ao Mano Menezes: O time brasileiro não tem padrão consistente, nem tático e nem brilha como queríamos.

Mas ele opta por jogadores novos, por um esquema, de certa forma, ofensivo - ao tentar encontrar um time sem volantes burucutus, três meias ou atacantes e zagueiros e laterais técnicos. Ou seja, se espelha nas seleções exemplos.

Agora, pense bem, dá pra cobrar padrão tático, brilho e arte de um time literalmente novo e que começa a ter seqüência agora?

Em quanto tempo Alemanha e Espanha (gosto delas como exemplo, pois adoraria torcer pra uma seleção igual)?

O que o MM faz é tentar colocar o Brasil nos eixos. E isso, pra mim, é inquestionável.

É verdade, talvez não dê tempo para 2014, isso porque quem deveria fazer essa reformulação era o Dunga, que escolheu levar à Copa o time com a maior media de idade.

E, por fim, qual tecnico brasileiro teria capacidade de dar esse padrão ao time?

A verdade é que a maioria de nossos tecnicos estão ultrapassados. Vide os times brasileiros. Qual deles, no país, possuem padrão tático?

A resposta, racional, exclui imediatamente os tecnicos como Felipão e Muricy. Sim! Tite não seria absurdo para 2015.

Mas acho que fui longe e sonhei demais ao clamar por padrão tático e coletivo. Acho que estou no país errado.

Aqui não é o país do futebol. É o país do futebol de resultados!

Nota: O Brasil B e Argentina B empatavam em 1 a 1; a torcida inteira no estádio pedia a volta de Felipão; Neymar, de pênalti, empatou* na ultima bola do jogo; a torcida terminou o jogo em êxtase, com o coração batendo forte, todos gritavam alegremente.

O resultado, para o futebol brasileiro, é uma cocaína. Ou pra não perder o trocadilho, é o craque, droga que deixa o futebol perdido e que a cada vez mais leva-nos ao buraco.

*CORREÇÃO: Neymar desempatou na última bola do jogo.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Brasil e China, além do 8 a 0!

Brasil e China. O resultado pouco importa, tamanha a diferença técnica entre as seleções. Mas o amistoso é oportuno, sim, para a seleção buscar o tão almejado padrão de jogo.

Pois então:

Diego Alves, no gol, ganha chances consecutivas. Mostra que a seleção começa a ser desenhada com a presença do ótimo arqueiro.

Romulo, como primeiro volante, faz o Mano Menezes cumprir com sua palavra - ao dar prioridade para volantes que saibam jogar com a bola no pé. Mesmo que ele não seja nenhum primor de técnica, é um volante que sabe jogar de cabeça erguida e tem bom passe.

Ramires, é um monstro jogando como segundo volante. Mas para ter espaço para chegada à frente precisa de entrosamento com o Oscar - o armador precisa cair pelos francos para abrir passagem ao volante.

E no ataque, uma mudança tática interessante e que pode dar certo: Lucas jogou na esquerda, espaço que costuma ser usado pelo Neymar. O santista fez a função de falso centroavante. E Hulk pela esquerda, onde melhor rende.

Porque interessante?

A começar pelo Neymar, é tirar ele do seu cantinho e, assim, acabar com seu individualismo desnecessário além do cai cai à toa; para dar a ele poder de decisão - por colocá-lo próximo do gol. Desculpa pelo exemplo, serve apenas de ilustração, essa suposta nova função do Neymar, se assemelharia a de Messi no Barcelona - com liberdade para chegar à frente, como falso camisa 9.

Nos flancos, o Brasil ganha boas opções, inclusive nas finalizações - Hulk à direita e Lucas à esquerda, ambos têm bons chutes e são favorecidos pelos "pés trocados".

É claro, para aprimoramento dessa tática seria necessário que os jogadores atuassem da mesma maneira em seus clubes. E no caso, Neymar e Lucas não jogam e nem jogarão assim em seus clubes. É uma pena.

É uma pena, porque temos neste esquema um desenho tático interessante.

E aos corneteiros de plantão, que xingarão o Mano por que a seleção não teria nenhum camisa 9 clássico, basta olhar alguns modelos táticos de times atuais: Espanha, Barcelona e até o Corinthians - nenhum deles jogam com centroavante de referencia.

É isso! Repito, o amistoso não vale para estatística alguma (foi 8 a 0), mas tem grande valia pois o nosso Brasil que não tem padrão de jogo algum (faz tempo!), pode encontrar nesses jogos bobos oportunidades de ouro para se encontrar. Claro, para a contrariedade da infinita turma do amendoim e do futebol de resultados.

domingo, 9 de setembro de 2012

Qual o sentido do esporte?

A graça do esporte está na disputa que há entre os oponentes; na incessante luta pela vitória; na superação de querer sempre ser o melhor, quebrar recordes, buscar ir cada vez mais longe, e por aí vai...

É por isso que, talvez, o futebol seja um dos esportes preferidos do planeta - pelas surpresas que acontecem dentro das quatro linhas e também às corriqueiras quedas de algum grande favorito.

Mas, o objetivo do texto, infelizmente, é ir além dessa "graça do esporte", a vontade em escrevê-lo vem do que acabo de ver - vejo o Massa abrindo mão da vitória... E o pior, a meu ver, são muitas pessoas coniventes à situação.

Vejo-as (essas situações) como derrotas do esporte!

Oras! se o sentido do esporte está na busca da vitória, abrir a mão dela não seria o que de pior poderia acontecer!?

Ou, estou ficando quadrado e rabugento demais?
Pois, definitivamente, essa situação não entra à minha cabeça.

Acabei de ver o Massa deixar o Alonso tomar sua frente e já tinha visto o mesmo ocorrer com o próprio Massa e antes com o Barrichello. Sim, é claro, criei antipatia pelos pilotos brasileiros e parei de acompanhar a Fórmula 1.

Imagine se o Senna deixaria isso acontecer. Basta assistir o filme dele e ver como ele tratava o esporte.

Ganhar e perder fazem parte do esporte, mas por esta disputa tem de haver dignidade e respeito por ela. E quando perde este sentido, se perde.

É como contar uma mentira à alguém - roubá-la por não dar oportunidade de ouvir a verdade - e perder a dignidade. Dadas as devidas proporções.

E o pior, como o ocorrido hoje, a Globo, através do Galvão Bueno e Reginaldo Leme, apoiando a omissão de Massa alegando que o Alonso estava melhor no campeonato. Poxa! Quem está melhor que vença hoje! E lá na frente, no final do campeonato, que vença o melhor!! E assim o esporte vence.

E, como a Globo, muitas pessoas vêem isso com naturalidade. Já vi esse "papelão" acontecer no futebol, no campeonato brasileiro. E vi muitas pessoas falando que é normal - perder pra não ver o rival ganhar e mais ainda do que isso, vi os torcedores comemorar, no estádio, gol contra seu PRÓPRIO time para desfavorecer o rival.

Na boa, chega a me dar nojo. Além do que disse acima, falta grandeza e humildade às pessoas de reconhecer e aplaudir o melhor, ferre-se se, no caso, é o rival. São as trocas de valores invadindo o esporte.

São as trocas de valores, espalhadas pelo mundo, invadindo o esporte!

Enfim, respeito que pensa diferente, como respeito quem faz muitas coisas das quais jamais eu faria; mas é como o slogan do Blog diz, está aqui apenas o meu ponto de vista.

E, no caso, a consequente indignação pelo esporte, ou melhor, pelo rumo que vamos, de repente, tomando. Espero apenas não pegar desgosto pelo esporte, até mesmo porque ele faz parte da minha vida, desde jovem.